domingo, 5 de maio de 2013

Imagem para produção de texto narrativo


Disponível em: http://www.papo10.org/fotos-de-paisagens-da-natureza-curta-de-longe/


Orientações para a produção do texto:

1) Título do texto.

2) Quem é o personagem da história?

3) Onde se passa a história?
4) Quando acontece a história?
5) O que acontece na história?
6) Por que acontece?
7) Como termina a história?

terça-feira, 9 de abril de 2013

Peça Teatral "O Pagador de Promessas" 1º Ato


Primeiro ATO: Primeiro quadro.
A primeira cena da peça teatral inicia-se às quatro horas e trinta minutos. Ainda não havia amanhecido na cidade de Salvador e o casal Zé do Burro e sua esposa Rosa, chegam a frente à igreja de Santa Bárbara. Saíram às cinco da manhã do interior baiano e caminharam sete léguas até que chegam à igreja um pouco antes desse horário. Zé do Burro era um homem muito simples, proprietário rural de um pequeno pedaço de terra no interior do nordeste, donde tirava o sustento de sua família e possuía um burro, o Nicolau por quem tinha muito apego e que acreditava que tinha “alma de gente”. Uma fatalidade mudou o rumo de sua vida: um dia o burro foi atingido por uma queda de uma árvore, em virtude de um raio, deixando-o gravemente ferido. Zé do Burro desesperado ante essa situação, fez uma promessa à Santa Bárbara: caso seu burro se recuperasse, ele dividiria suas terras entre os necessitados e carregaria uma cruz tão pesada como a de Jesus até a igreja da Santa. Como em sua cidade não havia a respectiva igreja, fez a promessa em um terreiro de candomblé, onde ela é conhecida pelo nome de Iansã. Seu burro se recupera e assim, ele e sua esposa, partem em via crucis para cumprir o prometido e oferecer ao padre responsável pela referida igreja, à sua cruz.
 
(Olhando a igreja.) É essa. Só pode ser essa. (Rosa pára também, junto aos degraus, cansada, enfastiada e deixando já entrever uma revolta que se avoluma.)
Rosa — E agora? Está fechada.
— É cedo ainda. Vamos esperar que abra.
Rosa — Esperar? Aqui?
— Não tem outro jeito.
Rosa — (Olha-o com raiva e vai sentar-se num dos degraus. Tira o sapato.) Estou com cada bolha d’água no pé que dá medo.
— Eu também. (Contorce-se de dor. Despe uma das mangas do paletó.) Acho que os meus ombros estão em carne viva.
Rosa — Bem feito. Você não quis botar almofadinhas, como eu disse.
— (Convicto) Não era direito. Quando eu fiz a promessa, não falei em almofadinha.
Rosa — Então: se você não falou, podia ter botado; a Santa não ia dizer nada.
— Não era direito. Eu prometi trazer a cruz nas costas, como Jesus. E Jesus não usou almofadinhas.
Rosa — Não usou porque não deixaram.
— Não, esse negócio de milagres, é preciso ser honesto. Se a gente embrulha o santo, perde o crédito. De outra vez o santo olha, consulta lá os seus assentamentos e diz: — Ah, você é o Zé do Burro, aquele que já me passou a perna! E agora vem me fazer nova promessa. Pois vá fazer promessa pro diabo que o carregue, seu caloteiro duma figa! E tem mais: santo é como gringo, passou calote num, todos os outros ficam sabendo.
Rosa — Será que você ainda pretende fazer outra promessa depois dessa? Já não chega?
— Sei não ... a gente nunca sabe se vai precisar. Por isso, é bom ter sempre as contas em dia. (Ele sobe um ou dois degraus. Examina a fachada da igreja à procura de uma inscrição.)
Rosa — Que é que você está procurando?
— Qualquer coisa escrita, pra a gente saber se essa é mesmo a igreja de Santa Bárbara.
Rosa — E você já viu igreja com letreiro na porta, homem?
— É que pode não ser essa...
Rosa — Claro que é essa. Não lembra o que o vigário disse? Uma igreja pequena, numa praça, perto duma ladeira...
— (Corre os olhos em volta.) Se a gente pudesse perguntar a alguém...
Rosa — Essa hora está todo mundo dormindo. (Olha-o quase com raiva.) Todo o mundo ... menos eu, que tive a infelicidade de me casar com um pagador de promessas. (Levanta-se e procura convencê-lo.) Escute, Zé... já que a igreja está fechada, a gente podia ir procurar um lugar para dormir. Você já pensou que beleza agora uma cama? ...
— E a cruz?
Rosa — Você deixava a cruz aí e amanha, de dia ...
— Podem roubar ...
Rosa — Quem é que vai roubar uma cruz, homem de Deus? Pra que serve uma cruz?
— Tem tanta maldade no mundo. Era correr um risco muito grande, depois de ter quase cumprido a promessa. E você já pensou: se me roubassem a cruz, eu ia ter que fazer outra e vir de novo com ela nas costas da roça até aqui. Sete léguas.
Rosa — Pra quê? Você explicava à santa que tinha sido roubado, ela não ia fazer questão.
 
 
Responda às questões abaixo:
 


a. Zé do Burro vive em um mundo mágico, em que se acredita no que não é real. Para ele havia limites entre o céu e a terra? Justifique sua resposta.

b. Ser submisso é gostar de ser dominado, ser escravo. Em sua opinião, Rosa era submissa a Zé do Burro ou o acompanhava em sua peregrinação por amor?

c. Há mais submissão das mulheres no meio rural ou no meio urbano? Por quê?

d. A religiosidade de Zé do Burro demonstra amor ou temor a Deus? Justifique.

e. O que você pensa a respeito do fato de algumas religiões incentivar o sacrifício dos fiéis na terra para alcançar o céu? Explique.

f. O texto teatral escrito apresenta alguns tipos de letras diferentes, em geral em itálico, que são chamados rubricas.

Observe:

Rosa — (Olha-o com raiva e vai sentar-se num dos degraus. Tira o sapato.) Estou com cada bolha d’água no pé que dá medo. Discuta com seus colegas e responda: qual é a função das rubricas nesse tipo de texto?
 
 
 

terça-feira, 20 de novembro de 2012

Conto Africano para leitura e interpretação- 6º Ano




AS BELAS FILHAS DE MUFARO
UM CONTO AFRICANO

As Belas Filhas de Mufaro’ é um livro que costuma ser descrito com uma variação Africana de Cinderela e tem uma história bem parecida – quando o príncipe se apaixona por ela, parece não saber mais nada além do fato de que é uma bela moça.
Esta versão de Cinderela é considerada infinitamente superior ao conto que estamos acostumados. Nesta versão do autor John Steptoe, Mufaro, homem residente em uma vila africana, tem duas filhas a quem todos consideram muito bonitas. A diferença entre elas é muito grande. Manyara tem um péssimo temperamento e é egoísta ( quando não está perto da mãe ) e Nyasha é bondosa e costuma considerar muito as pessoas e os animais.
Quando Mufaro recebe um convite do Grande Rei convidando a todos para aparecer diante dele para que possa escolher sua futura esposa, Mufaro decide que ambas as filhas devem ir ver o Rei.
Manyara acredita ser mais bela do que a irmã e vai sozinha até o Rei para que possa ser apresentada antes da irmã. No trajeto, as irmãs encontram, cada uma a seu tempo, três estranhos: um menino, uma senhora e um homem com uma cabeça embaixo de seu braço. Todas fazem pedidos às irmãs, mas enquanto Manyara as ignora, Nyasha é sempre atenciosa e ajuda no que pode. Quando chegam à cidade, encontram ainda uma grande serpente muito triste. Manyara a ignora e Nyasha canta uma linda canção ao animal. Ao final, a serpente era, na verdade, o Rei disfarçado.
O Rei escolhe Nyasha para ser sua rainha, mas não por causa de sua beleza estonteante e sim porque secretamente conseguiu presenciar sua bondade e generosidade – além da avareza da irmã durante o trajeto. Ele acaba escolhendo uma boa pessoa e não apenas uma menina bonita.
Lição da história: ser bondoso e agradável é muito melhor do que ser frio e egoísta.

Interpretação

  1. Quais são as personagens principais da história?
R: ____________________________________________________
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  1. Por qual motivo Mufaro recebeu um convite do Grande Rei?
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  1. O que acontece às irmãs durante o caminho até o Grande Rei?
R: __________________________________________________
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  1. Como o Grande Rei fez para conhecer melhor as belas candidatas a serem sua futura esposa?
R: __________________________________________________
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  1. Por qual motivo você acha que esta história pode ser considerada como a Cinderela Africana?
R: __________________________________________________
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  1. A vida de Nyasha certamente mudou bastante ao se casar com o Grande Rei e ela deve ter sido uma ótima rainha. Imagine como Nyasha sentiu as mudanças e escreva abaixo três perguntas que você faria a ela caso fosse entrevistá-la. Escreva as respostas de acordo com os indícios de personalidade que você tem da moça:
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  1. As Linda Filhas de Mufaro’ é ambientada no Zimbabwe, um país africano. Os próprios nomes das personagens são muito diferentes dos nomes que estamos acostumados. Embora o texto traga apenas uma ideia da história, podemos supor que durante a leitura possam ser identificados outros elementos que são diferentes dos que estamos acostumados, pois são de outra cultura. Quando pensamos em um país tão distante, podemos imaginar muitas riquezas culturais.
Quais diferenças de cultura você acredita que haja entre a sua e a das pessoas que vivem no Zimbabwe?
R: __________________________________________________
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Atividade tirada do endereço:
http://professorajanainaspolidorio.wordpress.com/tag/conto-africano/